
Por que o termo “cobaia” não deve mais ser usado em 2025 na pesquisa clínica
A palavra “cobaia” ainda aparece em manchetes e debates quando se fala em pesquisa clínica no Brasil. Mas em 2025, com todos os avanços científicos, regulatórios e éticos, é preciso afirmar com clareza: esse termo não deve mais ser usado.
“Cobaia” não traduz a realidade
O termo sugere a ideia de alguém usado passivamente para experimentos, sem voz nem proteção. Isso pode até ter sido uma percepção do passado, mas não corresponde ao sistema atual de pesquisa clínica. Hoje, os estudos são conduzidos com rigor ético, sob normas internacionais e nacionais que colocam a segurança do participante em primeiro lugar.
Quem participa de pesquisas hoje
Os chamados “voluntários” ou “participantes de pesquisa” são pessoas que decidem, de forma consciente e informada, colaborar com a ciência.
Eles são protegidos por:
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Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e pela CONEP, que avaliam cada protocolo antes de sua execução;
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regras claras de consentimento informado, que garantem autonomia e transparência;
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monitoramento contínuo da segurança, com a possibilidade de interromper estudos em caso de riscos.
Por que abandonar o termo
Usar “cobaia” em pleno 2025:
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desrespeita quem se voluntaria para contribuir com avanços médicos;
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distorce a percepção pública sobre a pesquisa clínica;
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mina a confiança da sociedade em estudos que são fundamentais para o desenvolvimento de novos tratamentos e vacinas.
O que realmente está em jogo
A ciência precisa ser ágil e atrair investimentos, mas nunca às custas da dignidade humana. O grande desafio é equilibrar eficiência regulatória com respeito absoluto aos participantes — sujeitos de direito, não objetos de teste.
Conclusão
Em um cenário de amadurecimento regulatório, chamar alguém de “cobaia” não é apenas ultrapassado: é um erro.
Na pesquisa clínica moderna, não existem cobaias. Existem participantes de pesquisa, cidadãos conscientes, protegidos e fundamentais para que a ciência avance de forma ética e responsável.